Estudo realizado na Universidade de São Paulo (USP) e publicado na revista Drug and Alcohol Dependence, com o objetivo de identificar os pacientes em risco aumentado de recaída no uso de cocaína depois de passarem por tratamento para a dependência da droga. Os resultados servirão para incentivarem-se medidas de prevenção.
Com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo acompanhou, por 30 dias, 68 pacientes internados para tratamento da dependência de cocaína no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq). Os voluntários continuaram a ser monitorados em relação a recaídas por três meses após a alta hospitalar. Ao final, apenas 14 deles permaneceram em abstinência por todo o período.
The role of neurocognitive functioning, substance use variables and the DSM-5 severity scale in cocaine relapse: A prospective study, de Danielle Ruiz Lima et al, reforça a necessidade de uma atenção diferenciada para esses casos considerados mais graves.
Um dos desdobramentos desse estudo correspondeu a avaliar se os 11 critérios para diagnóstico da dependência química, estabelecidos na quinta e mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM5) – publicação da Associação Americana de Psiquiatria, considerada principal referência na área – demonstram-se eficazes também para predizer resposta ao tratamento.
DSM5
Para diagnosticar a dependência de cocaína e a gravidade do caso, o DSM5 avalia critérios como: uso da substância em quantidades maiores ou por mais tempo que o planejado; desejo persistente e incontrolável; abandono de atividades sociais, ocupacionais ou familiares devido ao uso; manutenção do uso apesar de problemas sociais ou interpessoais; tolerância e abstinência, entre outros.
Pacientes com dependência leve são aqueles que apresentam dois ou três dos 11 critérios por um período de um ano. A presença de quatro ou cinco itens pelo mesmo período indica dependência moderada. Já a dependência grave é caracterizada por seis ou mais critérios.
“Em nossa amostra foram incluídos apenas casos classificados como graves. E conseguimos observar que existe uma grande diferença entre os pacientes que apresentam de seis a oito critérios e os que somam de nove a 11. O índice de recaída neste segundo grupo foi significativamente mais elevado”, disse Danielle Ruiz Lima, primeira autora do artigo.
Segundo o coordenador da pesquisa, Paulo Jannuzzi Cunha, professor da FMUSP, “nossa hipótese era de que esses critérios não seriam relevantes para a predição de recaídas. Após as análises, contudo, reconhecemos que eles podem sim ser úteis nesse sentido”.
Fonte: Agência FAPESP
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