04-09-2018

Anti-inflamatório na berlinda

Publicado no início de setembro na revista científica British Medical Journal (BMJ), demonstrou “forte relação” entre um dos anti-inflamatórios mais usados no mundo – o diclofenaco – e doenças cardiovasculares, reafirmando o teor de estudos anteriores.

O estudo foi conduzido na Dinamarca por um grupo de pesquisadores filiados ao Hospital Universitário de Aarhus, que se debruçou em dados de cerca de seis milhões de pessoas, levantados ao longo de mais de 20 anos. Foi desenhado de forma a simular características de um ensaio clínico.

A coleta de informações foi facilitada pelo fato de o país manter um registro das compras de medicamentos motivadas de prescrições médicas, e dos eventos relevantes das drogas em cada paciente, inserido no sistema público de saúde.

O estudo
No decorrer de 252 meses foram registrados 1.465 eventos cardíacos graves em usuários de diclofenaco (0,1%) e 898 (0,07%) em quem não usava nenhum anti-inflamatório.

Na conclusão dos pesquisadores, isso significa que as chances de quem usa diclofenaco ter um infarto, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca são 50% maiores do que aqueles que não usam nenhum tipo de anti-inflamatório não esteroidal.

Comparando-se ao uso de do analgésico paracetamol, e dos anti-inflamatórios ibuprofeno e naproxeno, os riscos de complicações cardiovasculares sobem em 20%, 20% e 30%, respectivamente.

Conforme os pesquisadores, os resultados indicam que “não há justificativa para prescrever o diclofenaco antes de tentar outros anti-inflamatórios”.

Fonte: Folha de S.Paulo


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