A proposta é de deputada de partido conservador e está sendo analisada pelo parlamento da Islândia: o objetivo será impor pena de prisão àqueles que realizarem circuncisão em crianças por motivos não médicos.
Na prática, isso significa proibir a realização de ato religioso comum entre judeus e muçulmanos desde o Velho Testamento. Para eles, em resumo, trata-se de uma espécie de “marca” dos filhos de Deus.
A circuncisão “é de fato parte da nossa fé. É algo que concerne à nossa religiosidade e acho que proibir seria uma violação, um ataque à liberdade religiosa”, disse à BBC Ahmad Seddeeq, imã do Centro Cultural Islâmico da Islândia.
Violação de direitos?
De acordo com os apoiadores do projeto, a circuncisão viola os direitos das crianças, sendo incompatível com a convenção das Nações Unidas no assunto. Além disso, segundo os autores, “implica em intervenções permanentes no corpo de uma criança e que podem provocar dor severa”.
O debate pode demorar meses, mas se a proposta for aprovada, a Islândia se tornará o primeiro país europeu a declarar a circuncisão ilegal – abrindo um precedente entre outras nações do mesmo continente.
Segundo os propositores, as crianças que queiram submeter-se ao procedimento por razões culturais ou religiosas podem fazê-lo quando tiverem idade suficiente para “entender as implicações deste ato”.
Esta idade, entretanto, não é especificada na proposta.
Além disso, a proposta argumenta que a circuncisão geralmente é feita sem anestesia, “em lugares que não são esterilizados, e por líderes religiosos – não médicos”. Isto significaria um “levado risco de infecção (...) que pode levar à morte”.
A Associação de Pediatria dos EUA não recomenda que se faça a circuncisão de todos os homens recém-nascidos. Mas diz que os benefícios de fazer a operação são maiores que os riscos do procedimento. Em todo caso, defende que se trata de uma decisão dos pais.
A arcebispa de Reikjavik, Agnes M. Sigurðardóttir advertiu que a proposta pode fazer com que judeus e muçulmanos “não se sintam bem-vindos” na Islândia. “O perigo é que, se esta proposta virar lei, o judaísmo e o islamismo se tornarão religiões criminalizadas”, disse a religiosa. “Devemos evitar toda forma de extremismo”, acrescentou ela.
Fonte: BBC Brasil
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