28 de Julho de 2014nº 6 Ano/2014
CEM EM FOCO

Destaque

Vínculo com a instituição impede votar ou candidatar-se às Comissões de Ética Médica?

Conforme norma do Conselho Federal de Medicina (CFM) podem votar e concorrer às eleições para Comissões de Ética Médica (CEM) “os membros do Corpo Clínico das instituições de saúde”.

Ainda que, em princípio, a regra seja clara, algumas dúvidas sobre o assunto permanecem, como informa a seção de Registro de Empresas do Cremesp – responsável pela operacionalização dos processos de eleição e posse das CEM.

Com a aproximação das eleições, em 18 de outubro, há colegas que telefonam para saber, por exemplo, se o vínculo da instituição com o médico interfere na possibilidade de ser candidato ou eleitor: só médicos concursados podem participar? E os contratados com vínculos diferentes?  figuram entre as questões recorrentes.

Resposta: tudo depende da forma com que o Regimento Interno local entende “Corpo Clínico”.

Vale a pena, então, relembrar parte das definições presentes em resoluções do Cremesp e CFM.

 

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Destaque

Audiência Pública na Zona Leste

Membros de Comissão de Ética Médica (CEMs), Diretores Clínicos e Diretores Técnicos das instituições de saúde, além de demais médicos da Zona Leste de São Paulo, estão convidados para um encontro com o Cremesp, cujo objetivo é obter maior compreensão sobre dificuldades dos profissionais que atuam na região.

“I Audiência Pública do CREMESP com os Médicos da Região Leste da Cidade de São Paulo” será realizada no dia 11 de agosto, a partir das 18h, no Teatro experimental da Universidade Anhembi Morumbi, situado na Rua Dr. Almeida Lima, 993 – Mooca – São Paulo/ SP.

 

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Perguntas e Respostas*

Comissão de Ética Médica pode criar página virtual para divulgar, orientar e receber denuncias?

Membro de CEM de hospital do Interior questiona se é ética a criação de página na internet, com a finalidade de “divulgar, orientar e receber queixas e denúncias, objetivando maior agilidade e acesso aos membros do Corpo Clínico e aos pacientes”.

Veja: é louvável a produção de página virtual de CEM, cujas metas são a orientação e a divulgação de assuntos de ordem ética e profissional.

 

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Colega pode exercer atividades na CEM se estiver respondendo a Processo Ético Profissional?

Em caso negativo, a partir de quando esse membro deve ser afastado?

Após análise da legislação pertinente e da documentação relativa, não resta dúvida de que, ao manter um membro processado, a CEM desobedeceria a norma do CFM sobre o assunto.

 

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Quem responde pelo acompanhante da parturiente, no caso de este sentir-se mal, durante o trabalho de parto?

Colega inicia seu questionamento considerando a possibilidade de a parturiente ter acompanhante na sala de parto como “altamente humanizadora” ao procedimento, e “importante para o relacionamento médico paciente”.

Porém, relata que, algumas vezes, foi surpreendido por problemas, como, por exemplo, a situação de pai que desmaiou durante cesariana, batendo a cabeça na mesa cirúrgica e precisando ser suturado pelo colega anestesista, e outra, na qual epilético convulsionou ante ao nascimento do filho, necessitando de socorro imediato.

Tem dúvidas, então, sobre “quem responde pelo acompanhante na sala de parto?” e “que implicações éticas e legais que o obstetra tem em relação ao acompanhante?”.

 

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* Esta seção tem fins didáticos e se destina a criar perguntas e respondê-las, usando pareceres do CFM, Cremesp, e orientações da Seção de Registro de Empresas do Conselho. O internauta também pode formular questões sobre as CEM ao Centro de Bioética. Aproveite!

Artigos Especiais

Reflexões sobre a oração de Maimônides*

Por Isac Jorge Filho**

Ao se formar, o verdadeiro médico assume, com a sua comunidade e seus pacientes, compromissos que incluem a Beneficência, a Não-Maleficência, a Justiça com equidade, e o respeito à Autonomia – os quatro princípios básicos da Bioética Principialista (estruturada, em 1978 por Tom Beauchamps e James Childress, à época, vinculados ao Kennedy Institute of Ethics).

Ao longo dos tempos, esses compromissos têm sido repetidos com maiores ou menores modificações, em três situações: os Juramentos, Orações e Códigos Ético-Profissionais. Lamentavelmente, o Juramento de Hipócrates acontece hoje em ambiente e com comemorações inadequadas, fazendo com que sua sagrada cerimônia transforme-se em algo lido e repetido mecanicamente, sem a reflexão que mereceria.

Tão importantes quanto os Juramentos são às Orações, nas quais o compromisso é assumido interiormente pelos médicos, com sua própria consciência. Nesse sentido é fundamental repetir periodicamente a Oração do Médico de Maimônides, que envolve o comportamento e as ações que a sociedade espera do profissional, ao longo de sua vida.

 

 

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