Trata-se de “egoísmo da mãe”.
Assim resume Jeson de Oliveira a volta para casa de Jheck Brenner de Oliveira, seis anos, portador de uma doença degenerativa incurável e progressiva.
Em 2005, a situação do menino de Franca, Interior de São Paulo, ganhou as paginas dos jornais, pois o pai pedia a eutanásia – chegou, ele próprio, a tentar a apertar o botão stop do respirador mecânico que mantinha o filho vivo – e a mãe, a ida da criança para casa. Neste caso, o menino sobreviveria em uma mini UTI residencial, montada a custa de doações.
O desejo da mãe prevaleceu e Jheck voltou para casa em meados de fevereiro.
“Queria que Deus o levasse”
Pressão de conhecidos e uma carta desesperada da mãe do menino, sua ex-esposa, levaram Jeson a (temporariamente) abrir mão de apelar à Justiça, pela morte do filho. Porém, conforme garantiu em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, está longe de mudar de opinião.
Segundo Jeson, “não é justo uma pessoa não poder tomar decisões sozinha. Se alguém for contra a minha posição, que se coloque no lugar do Jheck. Que passe 24 horas (por dia) sem se mexer, vivendo sem vida” – referindo-se ao fato de que o filho não fala, não move a cabeça, braços e pernas, respira com ajuda de aparelhos e alimenta-se por meio de sonda.
O homem garantiu que guarda toda a documentação apresentada à Justiça no ano passado, com 1.800 páginas de declarações de médicos, e que não descarta usá-las novamente. “Eu amo demais meu filho, mas as condições são ruins. Queria que Deus o levasse”.
Enquanto isso, a mãe, Rosimara dos Santos Souza, admitiu: ao receber o diagnóstico, também achou que preferiria perder a criança a vê-la em tal situação.
Porém, com o tempo, começou a defender a manutenção de sua vida. Diz que, quando conta histórias ao filho, ele “pisca rapidamente” os olhos. “É o sinal para eu continuar. Para nós continuarmos”.
Fontes: Diário de São Paulo; O Estado de São Paulo e Jornal da Tarde
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