Esta complicação da gravidez com risco de vida é a próxima fronteira no debate sobre o aborto.
A condição ocorre em cerca de 2% de todas as gestações, quando um óvulo fertilizado se implanta em algum lugar fora do útero - geralmente nas tubas uterinas, estruturas minúsculas que conectam o útero ao ovário. Se a gravidez continuar a crescer e se desenvolver, o tubo pode se romper e a grávida pode sofrer hemorragia e morrer.
Na maioria dos casos, a única maneira de tratar uma gravidez ectópica é interrompê-la com medicação ou cirurgia. Mas agora, alguns opositores ao aborto nos EUA estão argumentando que pacientes com gravidez ectópica podem simplesmente ser monitoradas até que abortem - ou mesmo que essas gravidezes possam ser levadas a termo.
O movimento caiu nas graças do público conservador por conta dos argumentos do político Georgi Boorman: entre outros comentários, ele defende algo como: “saber que uma condição médica tem uma chance muito pequena de morte é assustador. Mas será que é suficiente para levá-la a sofrer pela destruição proposital de seu próprio filho?”.
Boorman argumenta que, em vez de aborto, as pacientes com gravidez ectópica devem ser monitoradas de perto por seus médicos (um processo chamado "gerenciamento expectante" ou "espera vigilante").
Risco grave
Especialistas dizem que não tratar uma gravidez ectópica pode colocar as pacientes em grave risco. “É uma má prática assistir a uma paciente que corre o risco de romper as trompas devido a uma gravidez ectópica sem oferecer uma interrupção “, opina Daniel Grossman, professor de obstetrícia, ginecologia e serviços de reprodução na Universidade da Califórnia.
As alegações de que o aborto não é necessário no caso de gravidez ectópica podem fazer parte de um movimento maior, em direção à proibição do aborto com cada vez menos exceções, como uma lei no Alabama que proíbe o aborto mesmo em casos de estupro ou incesto (a lei tem uma exceção, para salvar a vida da grávida).
Fontes: Bioethics.com e site Vox
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