O jornal Folha de S. Paulo se adiantou a um eventual plebiscito sobre o aborto no país – aliás, sugestão do novo ministro da Saúde, José Gomes Temporão – e identificou que a maioria dos brasileiros não quer a legalização da prática. Sessenta e cinco por cento dos que responderam à pesquisa querem que as regras continuem do jeito que estão: permissão à interrupção da gravidez apenas em casos de risco de morte para a mãe ou estupro.
Em março, logo depois de empossado por Lula, o ministro defendeu que a descriminalização do aborto “era, antes de tudo, uma questão de saúde pública, porque milhares de mulheres morrem todos os anos submetendo-se a abortos inseguros”.
Apesar de abrir as discussões, afirmou ao mesmo jornal que o resultado da pesquisa não o surpreende. “O debate ainda muito precário no Brasil. Essa é uma questão que suscita muitos debates entusiasmados e apaixonados, mas que colocam um véu sobre as questões que, para nós, sanitaristas, são importantes, como as situações que levam mulheres e casais a passarem por esse sofrimento”.
Ao ser questionado se, em plebiscito, votaria, pela mudança na lei, garantiu: “do ponto de vista da saúde pública, minha visão é pela legalização, mas não gostaria de me posicionar agora porque, quando o debate for aprofundado, poderei captar com mais sutileza as diversas posições e posturas sobre o assunto”.
Como seria de se esperar em relação a um tema tão polêmico, autoridades contrárias à prática já se manifestaram contra as declarações de Temporão. É o caso do cardeal arcebispo do Rio, Dom Eusébio Oscar Scheid, que, durante a encenação do Auto da Paixão de Cristo, na Sexta-feira Santa, afirmou: “não podemos permitir a matança de inocentes como quer esse projeto infeliz”.
Fonte: Folha de São Paulo
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