Deu nas revistas científicas Nature e Cell Stem Cell: três grupos independentes de cientistas, liderados pelo professor Shinya Yamanaka, da Universidade de Kyoto, e pelos americanos Rudolf Jaenisch e Konrad Hochedlinger, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) conseguiram transformar células-tronco adultas em embrionárias (Veja full text disponível na Nature)
Segundo experts, se a técnica demonstrar-se realmente promissora, em longo prazo, poderá “driblar” o principal problema relacionado ao uso de células pluripotentes: a “destruição” de embriões.
Basicamente, os cientistas inseriram em fibroblastos (células que constituem a base do tecido conjuntivo e que, por diferenciação celular, originam vários elementos, como fibras, colágenos, tendões, aponeuroses etc) de camundongos quatro genes conhecidos por manter a pluripotencialidade das células-tronco embrionárias, ou seja, sua capacidade de diferenciar-se e transformar-se em outros tecidos.
Quando as células estavam tornando-se adultas – e, como conseqüência, perdendo a capacidade de diferenciar-se – a equipe moveu “o relógio no sentido anti-horário”, reavivando a possibilidade de as células voltarem a ser pluripotentes.
Traduzindo: pelo menos, em cobaias de laboratório, células-tronco adultas foram transformadas em células-tronco embrionárias.
Trabalho anterior
O novo estudo baseia-se em trabalho anterior realizado pelo japonês Yamanaka, não tão bem-sucedido quanto o atual: naquele, as células embrionárias resultantes do processo não se demonstraram tão parecidas com as originais.
No meio científico, as opiniões sobre o estudo estão divididas. Para o cientista Asa Abeliovich, da Universidade de Colúmbia, trata-se “de uma das coisas mais estimulantes a surgir, a respeito de células-tronco embrionárias”.
Já Stevens Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, pensa diferente. Ao jornal O Estado de São Paulo, apesar de admitir que o estudo corresponde a “um avanço”, o professor argumentou: “Ainda não é uma alternativa viável para a célula-tronco embrionária”.
Como a taxa de eficiência da técnica chegou ao máximo de 0,1% conforme o artigo da Nature, “para trabalhar com humanos precisaríamos antes encontrar formas de expressar esses genes”, lamenta Rehen.
Fonte: O Estado de São Paulo
Confira estudo completo publicado na Nature.
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