Cientistas de vários países, inclusive, do Brasil, realizaram o seqüenciamento do genoma de três espécies de fungos, importantes para a indústria alimentícia, a saúde pública e a Ciência em geral.
"Temos muitas informações interessantes", comemorou Gustavo Goldman, pesquisador da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da USP, que compôs a equipe responsável pelo seqüenciamento do "A. fumigatus" - patógeno causador de infecções e alergias em humanos, especialmente comum em ambientes hospitalares - e do "A. nidulans" - clássico modelo de laboratório para genética e biologia.
Sabe-se que o A. fumigatus "prefere" pessoas imunossuprimidas e, ao se identificar seu genoma, pretende-se descobrir possíveis alvos para drogas, entre outros benefícios. "Era tudo o que queríamos, ter um genoma na mão", diz Goldman.
Além do A. fumigatus e do A. nidulans, o estudo focalizou outro fungo da "família" Aspergillus: o A. oryzae, empregado na produção de saquê.
Compactos
Entre os achados da equipe de pesquisadores, divulgados na Nature pelo estudo Sequencing of Aspergillus nidulans and comparative analysis with A. fumigatus and A. oryzae (clique aqui e veja o abstract ) descobriu-se que os genomas dos três tipos de fungos são mais "enxutos", em comparação ao do homem.
Apenas para se dar uma idéia: juntos, eles apresentam 33,5 mil genes, espalhados por 95 mil pares de bases A,T,C e G, enquanto os humanos têm 30 mil genes, espalhados em 3 bilhões de pares de bases.
De acordo com Goldman, tratam-se de "genomas compactos, nos quais a distância entre os genes é pequena e os ítrons (sequências não codificadoras) são bem menores do que os organismos superiores".
Veja mais no site da revista Nature.
Fontes: Nature e Ultimosegundo.com
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