“Bioética é um espaço multidisciplinar para a discussão dos problemas éticos relacionados à saúde humana e às ciências da saúde”.
Uma das definições de Bioética (realizada por Marco Segre, professor falecido do Instituto Oscar Freire da Faculdade de Medicina da USP) foi a escolhida como mote para a palestra Da Ética à Bioética, realizada na noite de 11 de março no plenário do 9º andar da sede, na presença de delegados da Casa, incluindo Edson Umeda, presidente da Sociedade de Bioética de São Paulo.
Ministrada por Aluísio Marçal de Barros Serôdio, docente da Unifesp/EPM e delegado do Cremesp da Vila Mariana, traçou um painel histórico sobre o tema, usando alguns pensadores como o filósofo francês Paul Ricœur – que via a Ética em três níveis, ou seja, com o objetivo de alcançar “uma vida boa”; avaliar a “repercussão das escolhas individuais na vida de outros” e com a intenção de “adaptar-se às regras do jogo, em uma ‘sociedade justa’” –; além de os filósofos alemães Immanuel Kant e Friedrich Nietzsche.
A fala de Marçal abrangeu também o que chamou de “proto-história” da Bioética, isto é, movimento que surgiu como fruto de uma “racionalidade prática colocada sob suspeita” pela efervescência cultural da década de 60, que teve entre seus ícones Martin Luther King; e o movimento hippie.
Com um terreno preparado para a discussão e o enfrentamento, por meio da Ética e da Bioética, a Ciência e seus membros passaram a contestar experiências antiéticas perpetradas durante a 2ª Guerra Mundial e, mesmo, em contexto de pesquisa, como no “Caso de Tuskegee” – referência ao ocorrido em localidade homônima do Alabama, EUA, onde, a pretexto de se identificar a “história natural” da sífilis, 600 negros foram mantidos sem tratamento por quatro décadas, apesar de já haver sido descoberta a penicilina.
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