Aparentemente em tom de ameaça, o bioeticista Leon Kass, presidente do Conselho de Bioética dos EUA – órgão consultivo do governo Bush – explicou, em um dos trechos de relatório encabeçado por ele, que a intenção é fazer “um convite aos cientistas que também têm interesse em não se indispor permanentemente com este grande segmento da população que se opõe à destruição dos embriões”.
Das quatro alternativas propostas, (obtenha a íntegra do documento, em arquivo PDF, clicando aqui ), apenas duas são consideradas “eticamente aceitáveis” pelo próprio Conselho: 1) extrair células viáveis de embriões humanos mortos; 2) fazer reverter quimicamente o núcleo de células-tronco adultas, “transformando-as” em embrionárias.
As sugestões do Conselho, porém, não podem – nem devem – ser vistas como unanimidade dentro do grupo de consultores de Bush.
Dois conselheiros falaram abertamente contra o relatório. Janet Rowley, bióloga celular da Universidade de Chicago, considerou como “o máximo de insensatez” permitir que embriões saudáveis excedentes sejam descartados, enquanto cientistas lutam com dificuldades para salvar umas poucas células vivas de embriões mortos.
Já o colega de conselho Michael S. Gazzaniga, do Dartmouth College, afirmou que as quatro prescrições do conselho constituem-se em uma aposta de alto risco. “A questão essencial é se a pesquisa irá avançar na Califórnia e em outros países ou se vai permanecer refém das opiniões arbitrárias daqueles com crenças categóricas sobre a natureza da vida e suas origens”.
Fonte: The New York Times
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