O avanço da tecnologia em Medicina precisa ser acompanhado pela reflexão ética.
A prova de que os médicos se embasam neste raciocínio fato de o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina do ano de 2012 (ENCM), organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e que acontece em Brasília de 7 a 9 de março, abrir os debates com temas fundamentais do universo bioético, como autonomia do paciente, terminalidade da vida e diretivas antecipadas de vontade – ou “testamento vital”, documento através do qual as pessoas deixam por escrito decisões relativas à fase de morte, caso fiquem impossibilitadas de comunicarem-se.
Tal tema foi abordado com profundidade por Rui Nunes, presidente da Associação Portuguesa de Bioética (APB) e professor da Universidade do Porto, Portugal, que apresentou proposta pela qual o próprio paciente nomeia uma espécie de ‘procurador’, que tomará por ele as decisões em tratamentos, durante este período tão delicado.
Nunes dividiu com os cerca de 200 dirigentes de Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) presentes detalhes referentes à experiência dos europeus sobre o assunto. “O que está em causa é a ideia de que um dos principais valores subjacentes à dignidade é a liberdade”, destacou o professor.
Representando o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), participam do encontro o presidente da Casa, Renato Azevedo Júnior, os diretores Sílvia Helena Mateus, Krikor Boyaciyan, Rodrigo Durante Soares e Rui Telles, e os conselheiros Clóvis Francisco Constantino, Adamo Lui Neto, Pedro Teixeira e Reinaldo Ayer.