Cuidado Paliativo

Os dois anos e meio de empenho e dedicação a uma obra pioneira, por parte de cerca de cinco dezenas de autores, valeram a pena. De maneira rápida, o livro Cuidado Paliativo se transformou em um sucesso editorial do Cremesp, tornando-se conhecido de profissionais atuantes em várias áreas da saúde. Apenas para se dar uma idéia, antes mesmo do lançamento oficial, realizado no dia 19 de março na subsede da Vila Mariana, a primeira edição já se encontrava praticamente esgotada.

Quem prestigiou o evento, claro, saiu com seu exemplar. As pessoas que não conseguiram esta edição devem esperar pela próxima, cujo lançamento está programado para breve. “Este livro, brilhantemente coordenado pelo conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira, deixa claro que o Conselho tem primado por afastar sua imagem de entidade meramente cartorial. Abre, inclusive, suas portas para outras categorias de saúde, além da médica” ressaltou o secretário-geral do Cremesp, João Ladislau Rosa, que presidiu a mesa oficial do lançamento, representando o presidente Henrique Carlos Gonçalves.

As palavras do conselheiro concordam com o “espírito” da obra Cuidado Paliativo, que em sua apresentação, reconhece: “o médico não é um profissional isolado ou o único a responder pela atenção prestada aos pacientes. É um dos participantes de uma equipe multidisciplinar em que cada qual desempenha uma função particular e valiosa”. Além de profissionais da Medicina, compuseram o corpo de autores psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas, farmacêuticos e terapeutas ocupacionais, entre outros.

Mesa principal: Reinaldo Ayer; Cid Carvalhaes; Maria Gorette; João Ladislau e Jarbas Simas falam aos presentes

“Criança linda”
Também compuseram a mesa principal do evento Jarbas Simas, delegado superintendente da Delegacia Metropolitana do Cremesp Vila Mariana, que representou a Associação Paulista de Medicina (APM), entidade da qual também faz parte; Cid Célio Jayme Carvalhaes, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp); e Maria Goretti Sales Maciel, representando a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP); além de Reinaldo Ayer de Oliveira, conselheiro do Cremesp e coordenador institucional da obra.

Goretti lembrou os “momentos inesquecíveis” que marcaram a fase de criação de Cuidado Paliativo. “Colocamos no papel e no concreto um sonho e abrimos um processo irreversível, ao olharmos para um paciente como um ser a ser cuidado, ainda que não haja possibilidade de cura. Sempre existe muita vida a ser cuidada”, emocionou-se. E terminou: “Geramos uma criança linda”.

Em seu discurso, que encerrou a cerimônia de lançamento oficial de Cuidado Paliativo, Reinaldo Ayer de Oliveira recordou o método implementado pelo grupo de trabalho que realizou a obra: em resumo, todos os autores apresentavam idéias a serem incluídas no rol de temas e, depois, cada autor (humildemente), submetia seus capítulos aos demais.

“Foi uma demonstração de que, apesar da diferença dos históricos profissionais e pessoais, é possível construir coletivamente um livro pioneiro. Com certeza, essa foi uma das experiências mais gratificantes de minha vida”.

A obra: a publicação Cuidado Paliativo presta-se basicamente a ser um livro de consulta,  a respeito de um assunto que vem adquirindo, a cada dia, relevância maior no País. São 689 páginas divididas em seis blocos – Introdução, Ações, Controle de Sintomas, Espiritualidade Morte e Luto, Aspectos Conceituais e Anexos – com capítulos variados, como Definições e Princípios; Comunicação; Multidisciplinaridade e Interdisciplinaridade; Higiene e Conforto; Dor e Espiritualidade entre dezenas de outros.


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