Bioética e Humanização

Foi um sucesso o seminário Bioética e Humanização, organizado pelo Grupo de Estudo em Humanização da Faculdade de Saúde Pública da USP: durante mais de três horas, convidados e platéia discutiram aspectos filosóficos e práticos relativos à Política Nacional de Humanização (PNH), iniciativa transversal do Ministério da Saúde que enfoca os atores sociais presentes nos atendimentos em saúde, sejam usuários, gestores e trabalhadores.

O primeiro palestrante foi Ricardo Teixeira, consultor do Ministério da Saúde para a PNH, que abordou os “Aspectos teórico-conceituais da Humanização nos Serviços de Saúde”. Em seguida falou Dário Peshe, coordenador da Política Nacional de Humanização do Ministério, destacando as “Perspectivas da Política Nacional de Humanização”.

Em breve, o site do Centro de Bioética trará mais detalhes sobre o encontro.

A Bioética e os Valores Humanos
A Bioética surge num período de mudanças tecnológicas, sociais e culturais, que evoca a necessidade de reflexão sobre relações e práticas de forma a proteger e promover os valores humanos referentes à vida e à saúde.

Para além dos temas que representam os grandes dilemas que envolvem a vida, a Bioética faz parte do cotidiano da saúde, impregna as decisões gerenciais, a prática dos profissionais e a participação dos usuários dos serviços, lida com a complexidade tecnológica mas, também com a do dia a dia na busca pela discutida qualidade de vida.

Em 2003, o Ministério da Saúde estabelece a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão em Saúde no SUS – HumanizaSUS. Esta política pretende ter um caráter transversal, visando a atingir a todos os níveis de atenção à saúde. Entende a humanização como uma transformação cultural da atenção aos usuários e da gestão de processos de trabalho que deve perpassar todas as ações e serviços de saúde e seus aspectos éticos.