Os três melhores trabalhos de estudantes contemplados no Programa de Bolsas do Cremesp, versão 2017, foram apresentados ao plenário do Conselho no dia 03 de abril. Jovens ainda – a iniciativa abrange alunos do 2º ao 5º ano de Medicina ou que estejam cursando do 3º ao 10º semestre da faculdade – dedicaram-se a temas profundos, como Distanásia, Judicialização da Saúde, além da percepção dos colegas sobre uma Liga Acadêmica.
Júlia Messina Gonzaga Ferreira, aluna da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), abordou Profissionais de Saúde: Um ponto de vista sobre a morte e a distanásia, oportunidade em que destacou as dificuldades dos profissionais de saúde em lidar com a terminalidade da vida. “Não temos uma formação que inclua esta questão”, ressaltou. Em seguida, trouxe as conclusões de seu trabalho Karoliny Lima Lopes de Souza, da Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos (Facisb), que deixou no ar uma pergunta: “até que ponto o processo de judicialização do direito à saúde será sustentável?”.
Por último, falou Gabriel Sgarbosa, da USP – Ribeirão Preto. Ao analisar o trabalho da liga acadêmica de sua universidade, percebeu, por exemplo, os diferenciais de alunos que conhecem a atuação do Cremesp, e o Código de Ética dos Estudantes de Medicina. Tal grupo, enfim, parece mais “disposto a aprender sobre Ética Médica e Bioética”.
Ao apresentar os estudantes e seus respectivos projetos, Lavínio Nilton Camarim, presidente do Cremesp, reforçou tratar-se de uma chance de firmar o compromisso do Conselho no campo da pesquisa. “Acreditamos que este incentivo é muito importante para conseguirmos manter a qualidade do ensino”.
Encerrando as apresentações, o conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira, coordenador do Centro de Bioética do Cremesp destacou que “este tipo de iniciativa faz com que o Conselho se mantenha como foco de interesse permanente por parte das universidades, professores e alunos”.
Da esq. p/dir. Karoliny Lima; Júlia Messina; Gabriel Sgarbosa
*Na foto de capa, as alunas Karoliny e Júlia, ladeadas por suas mães
Um pouco sobre o programa
Além de estimular o gosto pela pesquisa dentre os estudantes – algo que tem como ponto alto a apresentação dos três melhores projetos de cada ano aos Conselheiros da Casa –, o programa de bolsas em Ética Médica e Bioética busca contribuir com a melhoria do ensino nas escolas médicas no Estado de São Paulo.
Dentre as obrigações dos escolhidos figuram designar um orientador, que deve ser um médico em pleno exercício profissional e, ainda, apresentar relatório inicial, parcial e final de atividades. Por dez meses, cada contemplado ao recebe mensalmente R$ 676,80 – valor equivalente ao da bolsa de iniciação científica da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo/Fapesp.
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