O livro Relação Médico-Paciente – Um Encontro foi lançado pelo Conselho Regional de Medicina (Cremesp) no dia 10 de novembro, em sua sede, no bairro da Consolação, com a presença do presidente da Casa, Lavínio Camarim, conselheiros, delegados, funcionários, além de autores desta obra, que levou três anos para ser desenvolvida e publicada pelo Centro de Bioética.
Em seu discurso, Camarim ressaltou a importância da publicação, que, ao incluir temas que vão desde respeito à autonomia do paciente, a atendimento à distância, pelas novas mídias, seguramente “vai servir como referência na Casa, no Estado e ainda um instrumento de vanguarda no país”. No tocante ao tema – peculiaridades na relação médico-Paciente –, ainda que reconheça a tecnologia como “grande aliada”, considera que esta jamais substituirá o toque, o olho no olho, enfim, a atenção dispensada ao atendido. “O médico tem que gostar de gente”.
A respeito do nome da obra, Relação Médico-Paciente – Um Encontro, segundo ele se refere à respeitabilidade que, apesar de todos os percalços, mantêm-se da sociedade em direção à Medicina. Neste sentido, traçou breve reflexão sobre o contrário: crises em diversos aspectos parecem capazes de resultar “em um desencontro” com o público-alvo da Medicina. “Mazelas como falta de atendimento, exames médicos marcados para seis meses depois, filas enormes, são atribuídas injustamente a quem? ao médico”, lamentou Lavínio, que, ainda assim, mantém-se na defesa incondicional do Sistema Único de Saúde (SUS), “a grande reforma que, entre outras vitórias, deu nome àqueles atendidos que, no passado, eram chamados de ‘indigentes’”.
Livreto
Ao falar sobre Relação Médico-Paciente – Um Encontro, Reinaldo Ayer de Oliveira, coordenador do Centro de Bioética do Cremesp, lembrou o “embrião” no assunto, um livreto lançado pelo Conselho em 2001 chamado “Relação Médico Paciente” que, depois de se esgotar rapidamente, permaneceu como o mais acessado na área do Acervo on line da entidade.
“Dar continuidade ao tema foi uma provocação ao nosso Centro de Bioética, que instituiu um grupo coordenado por Carlos Alberto Pessoa Rosa, delegado do Cremesp de Bragança, para a elaboração de livro que partiu da palavra da Casa, ou seja, pareceres elaborados por nossos conselheiros, mas foi além, ao propiciar uma profunda reflexão sobre os temas elencados, e inserir sugestões de filmes e livros relacionados”.
Coube ao coordenador da obra, Carlos Rosa, falar sobre o (curioso) método usado pelos autores, que se constituiu em conversas realizadas quinzenalmente pelos autores que, em um denso exercício intelectual e ético, davam origem a cada capítulo.
Além dele, participaram como autores de Relação Médico-Paciente – Um Encontro o psiquiatra Claudionor Picarelli, também delegado do Cremesp em Bragança; a médica sanitarista Marly Alonso Mazzucato; o cardiologista Roberto Douglas Moreira; e a jornalista Concília Ortona, do Centro de Bioética do Cremesp.
Um pouco sobre o livro
Dividido em dez capítulos – Comunicação: elo entre o médico e o paciente; Sigilo na relação médico-paciente; Tempo “ideal” em consultas e exames; Responsabilidade técnica e liderança no atendimento domiciliar; Atendimento não presencial; Discriminação em serviço público, particular e convênio; Cuidado prestado a crianças e adolescentes; Assistência ao paciente idoso; O médico perante a diversidade sexual; e Há um médico a bordo? – o livro apresenta dois âmbitos claramente distintos: o didático e o reflexivo.
Do ponto de vista didático, agrega primordialmente pareceres e resoluções do Cremesp (e de outros Conselhos Regionais e Federal) nos temas em questão, além de outras normas jurídicas, deontológicas etc. O reflexivo surge a partir das discussões e experiências profissionais dos autores.
Os interessados na obra (gratuita, como todas as outras do Cremesp) devem entrar em contato com a Biblioteca da entidade, pelo telefone (11) 4349-9981
19-10-2022
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21-02-2020
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