3 de Dezembro de 2014 | |
Nessa trajetória, foram ouvidos pauteiros, repórteres ou editores que se dedicam à editorias de Saúde de jornais e revistas conhecidos e de alcance nacional, produzidos a partir da capital de São Paulo. Logo nas primeiras respostas relativas ao conceito e à prática da Humanização, os jornalistas que atuam na área da saúde demonstraram apenas uma vaga noção a respeito da existência de uma política estruturada sobre o assunto, referindo-se às primeiras iniciativas no tema –dirigidas à saúde mental, ao parto humanizado, a ação do voluntariado, como Doutores da Alegria– como sendo humanizadoras do atendimento. Aqui, também foram lembrados tópicos sobre assistência ao pré-natal, assunto que, curiosamente, foi usado tanto para abordar práticas Humanizadas quanto Desumanizadas. Como histórias referentes à desumanização histórias de pacientes idosos esperando horas a fio pelo atendimento; pessoas com dor, sendo “largadas” em corredores em macas dispostas de maneira amontoada, entre outras, e à prática de dirigir-se ao atendido de forma inadequada, ou, como resumiu um dos entrevistados, "como se fosse um idiota". Aqui, a defesa dos direitos dos cidadãos marcou a tônica das falas, enfatizando que a Humanização passa pelo respeito ao paciente como indivíduo e pressupõe atitudes básicas, como chamá-lo pelo nome, em vez de, por exemplo, referir-se ao mesmo como “tio” e “mãezinha” (no caso de acompanhantes de pacientes pediátricos). Em outro ponto da pesquisa, os jornalistas consideraram o médico como figura essencial para atingir-se um atendimento humanizado em saúde: ainda que enfrentem dificuldades de estrutura do hospital em que atuam, os jornalistas desejam que o médico seja, ao menos, abnegado, prudente e atento às necessidades dos atendidos. Por fim, a pesquisa trouxe elementos para a reflexão de que, se os jornalistas que atuam em saúde demonstram desconhecer o significado e a aplicação do conceito de Humanização no atendimento à saúde e que, por isso, esforços deveriam ser direcionados a identificar a existência de distorções de entendimento que levam os jornalistas – e mesmo, os representantes da direção de hospitais – a confundir iniciativas de Humanização voltadas à melhoria da ambiência como mais uma forma de obter-se lucro. * Artigo baseado na dissertação Percepção de Representantes da Imprensa Escrita a Respeito da Humanização do Atendimento em Saúde. Página inicial do boletim |
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ExpedienteEquipe técnica Coordenador - Reinaldo Ayer de Oliveira
Jornalista - Concília Ortona Apoio técnico - Seção de Registro de Empresas Equipe administrativa Supervisora - Laura Abreu
Analista - Cristina Calabrese Estagiários - Daiane Santos da Cruz Katiuscia Paiva Conselho Consultivo Reinaldo Ayer de Oliveira
Antonio Pereira Filho Carlos Alberto H. de Campos Nivio Lemos Moreira Junior Lisbeth Fonseca Ferrari Duch Carlos Alberto Pessoa Rosa Max Grinberg Janice Caron Nazareth
Flávio César de Sá Maria Cristina K. Braga Massarollo Nadir Eunice Valverde Barbato de Prates Antonio Cantero Gimenes Regina Ribeiro Parizi Carvalho Aluisio Marçal de Barros Serodio Osvaldo Pires Simonelli |