O novo surto de Ebola pode ser um enorme problema para quem reside na República Democrática do Congo, mas não “constitui uma emergência de saúde pública internacional”, na opinião da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Pelo menos foi o que afirmou o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em meados de abril. Tal raciocínio foi reafirmado pelo porta-voz da entidade, Robert Steffen, presidente do Comitê de Emergência de Regulamentos Sanitários Internacionais da OMS.
Segundo decisão “quase unânime” do comitê, “não há benefício adicional” em declarar uma emergência neste momento, pois, por definição, se permanecer dentro do país, “não é uma questão de interesse internacional”. Apesar disso, garante que não subestima a situação, e “que tudo deve ser feito” para controlar o surto, iniciado em agosto do ano passado e que já é o segundo mais mortal: até o fechamento desta nota, o Ministério da Saúde do Congo havia registrado mais de 1.200 casos, com cerca de 800 mortes.
Na prática, sem uma declaração de emergência, não há pressão para que os países reconheçam tratar-se de um problema global significativo – o que faria com que as autoridades investissem os todos os recursos necessários para combate-lo – incluindo dinheiro, conhecimento técnico e forças de segurança.
Controvérsias
Para a OMS, uma emergência de saúde pública de interesse internacional corresponde a “um evento extraordinário” que se constitui num “risco para a saúde pública de outros Estados, através da propagação internacional de doenças” e que “requer potencialmente uma resposta internacional coordenada”.
Em entrevista à rede BBC, Jennifer Nuzzo, pesquisadora do Centro Johns Hopkins para a Segurança da Saúde, discorda. “Sem a declaração de emergência, o mundo está a caminho de repetir a situação ocorrida na África Ocidental” – referindo-se ao grande surto de 2014, quando 1.711 casos prováveis de Ebola foram registrados naquela região.
Lawrence O. Gostin, professor da Universidade de Georgetown, também acredita que a situação deveria ser classificada “de emergência”, já que “a epidemia da República Democrática do Congo pode se espalhar para os países vizinhos e até mesmo para outras partes da África, através de viagens aéreas para a América do Norte e Europa”. Gostin afirmou estar “profundamente decepcionado”, com o fato de que, com tantas mortes, a OMS não fez mais para romper com o molde usual.
Vale lembrar que, em 2014, não houve substâncias para prevenir a disseminação da doença, algo que, em parte, foi modificado devido aos avanços da pesquisa em tratamentos experimentais e vacinas. Até o momento, 358 pacientes se recuperaram de ebola, e mais de 97.000 vacinas foram administradas – motivo pelo qual parte dos pesquisadores considera que a disseminação possa ser controlada.
Fonte: CNN
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