13-02-2019

Espinha bífida

Bethan Simpson, inglesa de 26 anos, enfrentou uma difícil decisão, ao chegar na 20ª semana de gestação: a equipe médica que a acompanhava questionou se queria interromper a gravidez, ao verificar que o feto nasceria com espinha bífida – condição na qual a coluna vertebral e a medula espinhal não se formam adequadamente durante a gravidez (antes da sexta semana), deixando os nervos expostos.

A decisão foi “óbvia” conforme disse a mulher à rede londrina BBC: “não conseguiria fazer isso com uma criança de quem eu podia sentir chutes”. 

Foi então que foi aprovada para a realização da cirurgia no University College Hospital, em Londres, após uma série de exames classificados por Bethan e o marido, Keiron, como “uma montanha-russa” emocional. 

Assim, na 24ª semana de gestação, o feto foi submetido ao procedimento pioneiro de quatro horas, no qual o útero da mãe foi aberto, permitindo que os cirurgiões tivessem acesso ao bebê e pudessem fechar um pequeno espaço na parte inferior da sua coluna. 

Logo depois da operação, considerada bem-sucedida, o neurocirurgião Dominic Thompson contou à mãe: “segurei seu bebê”. O nascimento está previsto para abril, mas o nome já está escolhido: Eloise. 

Quanto antes... 

Geralmente, a espinha bífida é tratada após o nascimento, mas o quanto antes a cirurgia corretiva ocorrer, maiores serão as chances de boa saúde e mobilidade. “Não é uma cura. Mas há evidências suficientes de que as perspectivas são muito melhores se a cirurgia for feita precocemente.”, explica o neurocirurgião. 

Bethan Simpson é considerada a quarta paciente a se submeter a esse tipo de cirurgia no Reino Unido – procedimento já realizado principalmente na Bélgica e nos Estados Unidos. No Brasil, segundo o jornal Folha de S.Paulo, a técnica de reparação fetal foi introduzida em 2011.

Fonte: BBC Brasil 


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