30-10-2018

Ameaça à saúde pública

A notícia preocupante foi trazida pela BBC de Londres: informações essenciais sobre a eficácia de novos medicamentos e tratamentos continuam na obscuridade.

O Comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Comuns, Grã Bretanha, afirma que, apesar das repetidas advertências, os laboratórios e pesquisadores “não têm feito o suficiente” para garantir que os resultados de todos os testes clínicos sejam divulgados. Na verdade, evidências apontam que quase metade dos ensaios clínicos não é trazida a público.

O grupo argumenta que os riscos são grandes. Citando como exemplo a substância Lorcainida, testada em 1980 contra as arritmias cardíacas, destacou que voluntários da pesquisa que usaram a droga tiveram mais chances de morrer do que os que não usavam – mas que tais resultados não foram divulgados até 1993, muito depois de o remédio ser disponibilizado nos EUA.

Viés na publicação
O comitê também indicou outro problema grave: um possível “viés de publicação” que pode ter levado o governo do Reino Unido a investir 424 milhões de libras esterlinas para estocar o medicamento Tamiflu (Fosfato de oseltamivir), o qual se acreditava ser eficaz contra a gripe H1N1 (“gripe suína”).

Simon Kolstoe, pesquisador da Universidade de Portsmouth e presidente de comitês de ética de duas instituições, reconheceu “que oito, dos dez testes empregados para verificar a droga concluíram pela eficácia contra a gripe”. Porém, complicações, como pneumonia, nunca foram publicadas.

Na opinião do cientista, “governos confiaram em uma campanha de marketing sobre os benefícios da droga sem verificarem evidências reais sobre isto”.

Fonte: Rede BBC


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