O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente no Brasil e o quarto que mais mata.
Por si só, tal motivo seria suficiente para incentivar o uso da vacina – gratuita – contra o Papilomavírus Humano (HPV, responsável por 99% dos casos de câncer de colo de útero) entre o público-alvo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que são meninas entre nove e 14 anos.
Porém, não é o que está acontecendo: registros públicos de imunização dão conta de que só 48,7% desta população foram imunizadas – apesar dos cinco anos de campanha nacional de vacinação contra o HPV e de o produto ser oferecido pelo SUS
E isso é sério: segundo pesquisa realizada pela ONG gaúcha Associação Hospitalar Moinhos de Vento, em parceria com o Ministério da Saúde, divulgada no final do ano passado, dá conta de que 54,6% das pessoas sexualmente ativas entre 16 e 25 anos no país têm HPV.
Tal estudo contou com a participação de 5,8 mil mulheres e 1,8 mil homens de todas as regiões brasileiras.
Receio
Ouvida pela BBC News Brasil, a infectologista Isabella Ballalai, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), afirmou ser “muito difícil” levar o adolescente à sala de vacinação, por motivos que variam desde particularidades da faixa etária – o câncer parece ser uma realidade distante – às dificuldades práticas, como o horário de funcionamento dos postos de saúde coincidir com o de aulas.
Neste sentido, os próprios pais parecem criar barreiras à imunização, pelo receio quanto a efeitos colaterais, além de a visão distorcida de que alguns apresentam, de que a vacinação poderia dar início precoce à vida sexual dos filhos.
Na opinião de Ballalai, para que a cobertura chegue à meta de 80% estabelecida pelo Ministério da Saúde, “a imunização deveria voltar para as escolas”, como acontece em países em que a vacinação contra o HPV atinge cobertura mais ampla, como Austrália e Chile.
São mais de 100 tipos de vírus, dos quais 13 são considerados de alto risco, podendo causar, além dos tumores cervicais, câncer de ânus, vulva, vagina e de pênis. Altamente contagioso, muitas vezes assintomático e sem cura, O HPV é transmitido principalmente durante a relação sexual sem proteção.
Fonte: BBC Brasil
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