Carta encaminhada por um médico a uma grande agência de notícias dá conta de que paciente com demência avançada foi submetido à eutanásia na Bélgica sem nunca haver se manifestado quanto a isso enquanto saudável.
Aparentemente foram seus familiares que solicitaram a morte.
Ludo Vanopdenbosch, médico que fez a carta-denúncia e especialista em cuidados paliativos, escreveu que a intenção do colega responsável pela aplicação das drogas fatais não era, segundo argumentou, realizar uma “sedação paliativa”. Era “matar o paciente. Os meios para aliviar o sofrimento do paciente foram desproporcionais”, garante o missivista,
Concorda An Haekens, diretor psiquiátrico do Hospital Alexianen Psiquiátrico em Tienen, na Bélgica. “Não é eutanásia porque o paciente não pediu, por isso é a tomada voluntária de uma vida”, disse. “Não conheço outra palavra além do assassinato para descrever isso”.
Controle displicente?
Tal situação aumentou preocupações sobre o sistema de controle das mortes a pedido em um país com algumas leis de eutanásia mais liberais do mundo, que vigora desde 2002 com apoio popular: a imprensa local, por exemplo, aponta criticas que incluem “a rapidez” com que alguns médicos aprovam pedidos de morte de pacientes psiquiátricos.
Segundo a imprensa, no ano passado, houve casos sombrios apontados pelo médico Willem Distelmans, co-presidente da comissão de eutanásia. Para ele, clientes do advogado Lieve Thienpont, que atua em eutanásia a doentes mentais, “poderiam ter morrido sem atender a todos os requisitos legais”.
Quando expressou preocupações sobre casos potencialmente problemáticos, o denunciante Vanopdenbosch alegou que imediatamente “foi silenciado" por colegas. E acrescentou que, porque muitos dos médicos estão agindo com “impunidade”.
Desde que a eutanásia foi legalizada na Bélgica, mais de 10 mil pessoas morreram pelo método, mas apenas um desses casos foi encaminhado para promotores.
Fonte: The Washington Post
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