03-07-2017

Diagnóstico precoce da ELA

Esclerose lateral amiotrófica (ELA) constitui-se na terceira doença neurodegenerativa mais comum, depois do Alzheimer e Parkinson – e a que menos se conhecem as causas. Agora, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Neurociência e Neurotecnologia (BRAINN) – Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) buscam encontrar marcadores de imagem capazes de auxiliar no diagnóstico precoce.

O resultado mais recente da sua pesquisa foi publicado na revista NeuroImage: Clinical e centra-se no uso de técnicas avançadas de análise de imagens de ressonância magnética, capazes de revelar marcadores de ELA. “Nosso trabalho visa encontrar meios para diagnosticar ELA em uma fase precoce, de modo a que os médicos possam melhor auxiliar o paciente durante a progressão da doença, bem como saber quais os tipos de tratamentos e de equipamentos que ele vai necessitar e quando”, disse Marcondes Cavalcante França Jr., da Unicamp e coordenador do estudo.

Ressonância
Durante a pesquisa foram analisadas imagens de ressonância magnética de 63 pacientes com ELA do Hospital das Clínicas da Unicamp. Os focos da análise foram espessura do córtex cerebral, volume dos gânglios basais na região mais profunda do cérebro e análise da substância branca do cérebro.

Os pesquisadores também analisaram a medula espinhal, comparando imagens obtidas no momento do diagnóstico de ELA com outras, feitas oito meses depois, de modo a poder observar a evolução da doença.

“Encontramos alteração de espessura no córtex da região pré-central, a região motora primária. Observamos também alterações em tratos da substância branca na região profunda do cérebro e também no corpo caloso (estrutura localizada na fissura longitudinal e que conecta os hemisférios cerebrais). Por fim, detectamos redução progressiva de volume na medula espinhal”, disse Marcondes.

Segundo o neurologista, trabalhos anteriores mostraram alterações no córtex cerebral, “mas a quantificação do grau de atrofia na medula é algo novo. Os estudos anteriores se debruçaram sobre o cérebro ou a medula, mas praticamente nenhum abordou ambos ao mesmo tempo”.

Uma segunda linha de pesquisa da equipe de Marcondes em busca do diagnóstico precoce da ELA está centrada em marcadores genéticos.

Fonte: Agência FAPESP


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