04-03-2016

Vacinação: eficácia diminui em idosos

Uma porcentagem de indivíduos com mais de 60 anos não fica imunizada após a vacinação. Ou seja, quanto maior a idade, maior o número de idosos que, apesar de vacinados contra influenza, por exemplo, são internados por infecções respiratórias associadas a patógenos.

Pesquisa intitulada “Análise imunológica de indivíduos idosos e propostas em vacinação”, conduzida na cidade de São Paulo e coordenada por Valquíria Bueno, professora de imunologia da Unifesp-EPM, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), avaliou se a população idosa do município apresentava as mesmas alterações no sistema imune observadas no Japão e em países europeus (que levam à queda na proteção propiciada por vacinas, pelo envelhecimento).

 “Trabalhamos com culturas de células in vitro, utilizando como material biológico amostras de sangue de idosos, fornecidas pelo Estudo Sabe (Saúde, Bem­Estar e Envelhecimento), da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP).

Semelhante
Primeira constatação: embora o perfil imunológico paulistano seja muito heterogêneo, o padrão celular de envelhecimento em São Paulo é semelhante àquele descrito no Japão e nos países europeus. A hipótese é de que a idade causa a diminuição das taxas de proliferação celular e de produção de citocinas (moléculas envolvidas na comunicação entre as células durante o desencadeamento das respostas imunes).

Isso significa que o sistema imunológico dos idosos apresenta menor capacidade de responder aos antígenos (proteínas capazes de desencadear a resposta imune, presentes nas vacinas ou em novas infecções). “Nos idosos o mecanismo se apresenta parcialmente modificado”, informou Bueno, em um processo chamado de imunosenescência.

Segundo ela, “um achado importante do nosso estudo foi o de que a tendência à imunosenescência é mais acentuado em homens do que em mulheres da mesma faixa etária”, diz a pesquisadora.

 “A vacinação tem que continuar a ser realizada, é claro. Mas é preciso fazer algo mais, no intuito de melhorar a resposta vacinal”, comentou Bueno.

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Fonte: Agência FAPESP


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